quarta-feira, novembro 15, 2006

Voeten van zand

Dei por mim a caminhar no deserto.
Há quanto tempo aqui estou? Não sei.
Dei por mim a caminhar no deserto,
E nem sei como aqui cheguei.
...
O calor é sufocante, devastador.
E o ar tão seco, que estrangula.
Toda a terra é árida, infértil, enferma.
Caminho sobre areia escaldante.
A pele vai ficando emurchecida.
O olhar desfoca.
Vou definhando.
E os sentidos falham.
Sinto-me a estalar.
Ao andar vou-me fragmentando. Perco bocados do meu ser.
Caem. Um choque cavernoso seguido do silêncio sepulcral.
E continuo esta maldita jornada…
Ouço pousarem, atrás de mim, hostes de abutres alienados. Vão debicando cada pedaço.

Apenas conservo os pés, que vão continuando.
Seguem o destino.
Como valorosos soldados, para o túmulo. Sem pensamentos.
Bestas insensíveis. Mortos marchando em transe.

1 comentário:

nyzx disse...

Andar em frente qualquer que seja o caminho? percebi bem a moral da historia? :)

so comentei pk este post estava sem nenhum comentario, e axei k valia pelo menos o meu :) bom blog. bjs